Inspirado em Messi.

Junimba Simões
3 min readNov 16, 2020

Putas quiz pariu! Vocês vão achar que é sacanagem, mas eu vi muita matada de bola como essa. Só que do meu amigo Baixo, no Profissional do Anglo-Americano.

Final de Campeonato. Quadra principal. Terceiro Ano contra o Primeiro. Que era aliás um time muito melhor que o do Segundo Ano. Do qual eu fazia parte, mas mal tínhamos um escrete. Nem selecionado eu fui. Ao passo que o passe, das duas maiores revelações daquela turma, dois baixinhos que jogavam com maestria, era disputado por grandes times daquela Liga, como o Orlando Cabeçudo’s Magic e o Dennis & Rafa Directors Sons. As partidas tinham transmissão ao vivo do saudoso Maurício Torres. E neste dia, com a final empatada, vi o Tchelinho fazer aquele gol incrível aos 19’ do recreio. Festa em Botafogo! Foi um espetáculo. Naquela época, Fredão já era comentarista de beira do campo.

Logo depois, a troco de fazer um intercâmbio com os times da Bahia, em pleno Carnaval e com a intermediação do meu primo Cláudio, Tchelinho voltou de lá nos braços do povo dado o futebol apresentado nos babas da capital Baiana. Voltou com o apelido de MARADONA. A lenda estava criada.

Não sei se eu já falei isso aqui, mas a dupla de ataque Baixo + Tchelinho pra mim, jogou mais que Romário + Bebeto disparado. E o Barbosa? Não! Você tá misturando as gerações de Alancarlo com a de Hamurabi.

Mas preciso salientar que outra grande disputa acontecia debaixo das traves. Noras e Lage poderiam facilmente jogar no Juniores do Vasco. Eram verdadeiros muros. Noras era técnica pura. Sangue frio. Se jogava em direção aos pés dos atacantes como se não tivesse medo daquela bola dura do salão. E Lage era acrobático e aguerrido. Como um gato, voava pelos cantos mais altos do gol em saltos e quedas impressionantes.

Esse time era enjoado. Tinha claro, uns que achavam que eram a estrela do time, mas acabaram mesmo foi virando juiz de tribunal.

Mas os olhos atentos da imprensa do meu amigo Fred, poderá falar melhor a este respeito. Aguardo a resenha, mas não me lembro desse tal de Coquinho. Nessa época eu estava preocupado mais com o Bujica.

Purcallas era um monstro no vôlei. Inacreditável ele ter partido tão cedo. Porradaria no Pombal e rolimã de tatame escada a baixo. Numa dessa, Noras levou o 2º cartão amarelo e ficou suspenso mais um jogo. Bons tempos.

Mas acho que cavaram pra cima dele. Um zagueiro mais pesado já tinha feito um estrago na área, abalou as estruturas do gramado e quando ele passou, abriu aquele buraco. Deu até sorte! Todo o preparo físico de goleiro fez diferença. O treinamento para final do campeonato, se mostrou eficaz no momento que o campo abriu. Mas podia ter dado merda. Não teve apresentador de TV morrendo assim?

Por sorte não houve maiores problemas e ele acabou fechando o gol e o Orlando Cabeçudo’s Magic foi o campeão daquele jovem ano de 1992.

Essa crônica saiu outro dia no Zap dos amigos Flamenguistas. Lembrando das disputadas partidas durante o recreio, que eram pra mim, como a Copa do Mundo com os meus dois amigos do peito em campo.

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